20 de junho de 2010

PARQUE NACIONAL de DOÑANA - Ao Encontro do Lince Ibérico I










PARQUE NACIONAL de DOÑANA

O Parque Nacional de Doñana situa-se na parte mais oriental da Província de Huelva, e estende-se por três províncias: Huelva na sua maior parte, mas também Sevilha e Cádiz. Doñana é a maior reserva biológica de Espanha, contando com a maior extensão de área protegida, com mais de 50000 hectares.

O Parque Nacional de Doñana engloba um total de 80000 hectares, entre os mais de 50000 hectares do próprio parque e os quase 30000 hectares dos arredores. Tal facto torna-o na área protegida mais importante de Espanha e numa das mais importantes da Europa. É uma zona uma enorme beleza, um dos mais importantes conjuntos de dunas da Europa e é o lugar onde se refugiam muitas espécies que se encontram em perigo de extinção.
Doñana é actualmente uma paragem obrigatória para milhares de aves migratórias que anualmente cruzam o Estreito de Gibraltar. Espécies que chegam vindas de todos os pontos da Europa e da Ásia, que por aqui passam e que continuam os seu caminho: flamingos, falcões, cegonhas negras ... bem como espécies que vivem nesta zona, tal como a Águia Imperial ou o Lince Ibérico ... Doñana da abrigo a centenas e centenas de espécies, sejam elas terrestres ou marinhas, quer se trate ou não de aves, todas elas espécies que convivem no seio de um ecossistema único que há que preservar.
O Parque Nacional de Doñana é um tesouro não só devido à sua fauna, mas também devido à sua flora, às suas zonas litorais, às espécies autóctones e aos 30 quilómetros de praias selvagens que existem entre o Rio Guadalquivir e Matalascañas.
Para ir até ao Parque de Doñana, também conhecido como Coto de Doñana, pode aceder-se de barco, cruzando o Rio Guadalquivir.
O único sinal da presença do Homem dentro dos limites do Parque em mais de 30 km de praia é Torre Carboneras, uma pequena torre de vigilância, datada do século XVI. Deste ponto até ao interior do parque apenas se consegue chegar atravessando grandes dunas de areia e pinhais.
Antigamente, no local onde hoje é o coto, as famílias que aí habitavam viviam da pesca e do fabrico de carvão. Doñana é uma viagem pelo passado, pela Natureza, um passeio que chega até Matalascañas, onde começam as urbanizações.

Fotografias Zito Colaço

9 de junho de 2010

Parque Nacional Kruger, África do Sul.









KRUGER PARK

A proximidade do Kruger Park, situado a cerca de uma centena de quilómetros de Pilgrim's Rest, e a meio caminho do trajecto de Maputo para a velha cidade mineira da província de Mpumalanga, justifica, naturalmente, uma incursão a esta reserva natural, uma das mais antigas do mundo e uma das mais importantes de África. As entradas mais próximas de Maputo são as de Crocodile Gate e de Malelane, que podem ser utilizadas num programa que combine o Kruger e Pilgrim's Rest.

Dentro do parque há mais de vinte camps, estrategicamente localizados junto a rios ou lagoas, espaços muito agradáveis para alguns dias de descoberta e fruição dos ecossistemas africanos. A estadia nos excelentes e carismáticos bungalows dos camps é particularmente recomendada para quem queira uma experiência diferente do banal alojamento em unidades hoteleiras. Os camps disponibilizam, por exemplo, equipamentos e actividades como piscinas ou walking safaris.

O Kruger Park abrange uma área com cerca de 350 km de comprimento e 60 de largura localizada ao longo da fronteira moçambicana. Do lado de Moçambique, Parque do Limpopo, e no sul do Zimbabwe, Parque do Gonarezhou, estão a ser desenvolvidas áreas de conservação integradas no grande Parque Transfronteiriço do Limpopo, criado em 2002, do qual faz parte, também, o Kruger National Park.

Criado há oitenta anos, em 1926, por fusão de duas reservas, o Kruger Park é um dos dez parques naturais mais importantes do mundo, hospedando uma grande variedade faunística: mais de quinhentas espécies de aves, 112 de répteis e 150 de mamíferos. Os chamados «Big Five» - leão, leopardo, búfalo, elefante e rinoceronte - estão muito bem representados. Os dados actuais disponíveis sobre as populações das espécies existentes no parque apontam para cerca de 14.000 búfalos, 1.000 leopardos, 2.000 leões, 1.900 rinocerontes brancos e mais de 200 rinocerontes pretos. A população de elefantes tem crescido exponencialmente (cerca de 15.000 actualmente, contra 10.000 em 2002) e representa hoje um quebra-cabeças para a administração do parque, dado o desequilíbrio introduzido e o potencial destruidor da espécie.

Entre as numerosas espécies representadas na fauna do Kruger encontram-se também populações significativas de girafas, antílopes, veados, chitas, hienas, crocodilos, e hipopótamos e grande variedade de macacos. Dentro do parque há vários ecossistemas e, no domínio da flora, estão registadas nada mas nada menos do que 23.000 espécies.

Fotografias Zito Colaço